terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Melhores de 2008 - Parte 1

Menções honrosas: Alejandro Escovedo - Real Animal; Brett Anderson - Wilderness; Brian Wilson - The Lucky Old Sun; Deerhunter - Microcastle; Fleet Foxes - Fleet Foxes; Flying Lotus - Los Angeles; Friendly Fires - Friendly Fires; Jay Reatard - Matador Singles ‘08; Kanye West - 808s & Heartbreak; Los Campesinos - We Are Beautiful, We Are Doomed; M83 - Saturdays=Youth; Nick Cave & The Bad Seeds - Dig Lazarus Dig!!!; No Age - Nouns; RZA - Digi Snacks; Sparks - Exotic Creatures of the Deep; Sun Kil Moon - April; The Killers - Day & Age; The Magnetic Fields - Distortion; The National - The Virginia EP; Throw Me The Statue - Moonbeams



30) Frightened Rabbit – The Midnight Organ Fight



Frightened Rabbit soa às vezes como uma banda um tanto genérica demais, mas seu líder Scott Hutchison sabe manter The Midnight Organ Fight bastante eclético e tem uma habilidade natural para escavar belas composições da sua dor de cotovelo (não é qualquer um que faz uma canção cujos versos centrais são You won't find love in a hole/ It takes more than fucking someone to keep yourself warm se equilibrar tão bem). A primeira música do disco, “The Modern Leper”, é das melhores do ano.


Frightened Rabbit – “The Modern Leper”



29) The Cool Kids - The Bake Sale



Uma das estréias mais promissoras dos últimos tempos. Um verdadeiro objeto perdido no tempo como se algumas gravações de um duo obscuro de hip hop do fim dos anos 80 tivesse sido descoberta.


The Cool Kids - “88”

28) Wire - Object 47



Em todas as suas muitas encarnações ao longo dos últimos 30 anos, Wire sempre buscou com sucesso alguma maneira de pegar uma embalagem pop – independente de estarem flertando com punk-rock, prog ou pop rock anos 80 - e esvazia-la até quase sobrar somente suas estruturas. Object 47 segue esta trajetória consistente – o título é o mais puro que um disco da banda recebe desde 154 – e se não chega a ser um Chairs Missing é de uma vitalidade impressionante e o melhor da ultima encarnação da banda.


Wire – “One of Us”

27) Death Cab for Cutie – Narrow Stairs



O pobre Death Cab for Cutie precisa agora pagar os pecados por vender álbuns demais, mas Ben Gibbard permanece dono de um dos melhores olhos e ouvidos do indie rock americano basta escutar faixas como “Your New Twin Sized Bed”. Por mais que o som de Narrow Stairs seja um tanto maior que dos discos anteriores é a precisão de Gibbard que permanece sendo o principal elemento da banda.


Death Cab for Cutie – “Your New Twin Sized Bed”

26) Bonnie “Prince” Billy – Lay Down in the Light



Apenas outra excelente coleção de canções de Will Oldham.


Bonnie “Prince” Billy – “Easy Does It”

25) Lambchop – (Oh) Ohio



Ohio é um disco fadado a irritar quem espera que Lambchop faça qualquer movimento para abandonar o nicho que domina tão bem. A esta altura Kurt Wagner está mais que satisfeito em minar esta pequena trincheira que estabeleceu para ele e sua banda e o faz aqui de forma esplendida mesmo sem alcançar altos tão expressivos quanto de Nixon ou Is a Woman.


Lambchop – “Slipped Dissolved and Loosed”

24) Portishead – Third



Não sou tão fã do Portishead como muitos, mas poderia passar horas escutando Beth Gibbons cantar aqui.


Portishead – “Machine Gun”

23) The Walkmen – You & Me



Outro disco que provavelmente tem defensores mais entusiasmados e articulados do que eu. Tem algumas composições impressionantes nasua capacidade de evocar certas imagens específicas (em especial, “Postcards from Tiny Islands”)


The Walkmen – “Canadian Girl”

22) Stephen Malkmus & The Jicks – Real Emotional Trash



Talvez o melhor dos discos de Malkmus desde o fim do Pavement.


Stephen Malkmus & The Jicks – “Dragonfly Pie”

21) Jim Noir – Jim Noir



Passar os olhos rapidamente sobre os títulos das canções deste segundo álbum de Jim Noir diz tudo que precisa se saber a respeito do disco: All Right, Don’t You Worry, Happy Day Today, Same Place Hollyday... Ou talvez baste apontar que Noir compõe perolas pop sobre assuntos como os méritos de CDs e vinyls (Good Old Vinyl). Talvez seja um álbum peso pena demais para muitas listas de melhores do ano, mas poucos discos de 2008 me deixam tão satisfeito quando uma faixa dele aparece no aleatório do meu ipod.


Jim Noir – “Happy Day Today”

4 comentários:

Anônimo disse...

Eu também sinto que poderia ter feito uma lista de 30, 40 discos.

Filipe Furtado disse...

O ano foi bom. Entre a lista e as menções eu coloquei 50 e tem alguns que eu acho muito bons que não entraram.

Fábio Andrade disse...

Engraçado, é um ano que me pareceu bom para discos bons, mas fraco para discos ótimos (ao contrário do ano passado, por exemplo). Não que eu esteja reclamando hehehe...

Filipe Furtado disse...

Eu realmente não tenho do que reclamar em 2008.