quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Melhores de 2008 - Parte 2

20) Of Montreal – Skeletal Lumping



Era inevitável que qualquer disco que Of Montreal gravasse após Hissing Fauna, Are You the Destroyer? sofresse com as comparações. Skeletan Lumping não dispõe de uma paleta emocional tão ampla e marcante quanto o disco anterior, mas ao mesmo me parece ser outro grande acerto de Kevin Barnes com a maior parte das suas muitas apostas funcionando muito bem.


Of Montreal – “Id Engager”

19) The Bug – London Zoo



Os pesadelos de Kevin Martin.


The Bug – “Poison Dart”

18) The Mighty Underdogs – Droppin’ Science Fiction



O encontro entre Gift of Gab e Lateef poderia assustar já que se tratam de dois rappers com personalidades muito distantes mas sobre a supervisão do produtor Headnodic eles encontraram um tipo raro de química e lançaram um dos mais expansivos discos de hip hop de 2008. Mas a grande estrela é mesmo a produção primorosa de Headnodic sempre muito criativa (isto num disco que até conta com participação do DJ Shadow numa das faixas).


The Mighty Underdogs – “Science Fiction”

17) Glasvegas – Glasvegas



Não, não se trata do melhor disco que a Creation lançou desde Psychocandy como Alan McGee quer desesperadamente nos convencer. Por baixo de toda a gigantesca produção, o que torna esta estréia da banda escocesa forte o suficiente para ao menos permitir a hipérbole do patrão é o olhar apurado do vocalista e principal compositor James Allan que garante o disco um frescor incomum numa estréia tão hypada.


Glasvegas – “Geraldine”

16) The Fall – Imperial Wax Solvent



Outro grande momento desta instituição chamada Mark E. Smith. A faixa principal do disco “50 Year Old Man” é das mais diretas já compostas por ele e ao longo dos seus doze minutos se revela um primor de invenção (a versão abaixo é mais curta e simples) e o resto do disco não fica muito abaixo.


The Fall – “50 Year Old Man”

15) Jamie Lidell – Jim



Jamie Lidell resolve brincar de ser um grande cantor de soul.


Jamie Lidell – “A Little Bit of Feel Good”

14) British Sea Power – Do You Like Rock Music?



British Sea Power chega ao ser terceiro e melhor disco mais acessível, sem deixar de lado algumas das experimentação que marcaram seu excelente disco de estréia e com composições mais equilibradas do que o anterior Open Season. “Light Out for Darker Skies” é rock de guitarras inglês no que ele tem de melhor, “No Lúcifer” seria uma das melhores faixas de um disco do Blur, “Canvey Island” é uma das melhors amostras do lado mais excêntrico da banda e o hino “Waving Flags” devia constar em todas as listas de melhores do ano. Na metade da primeira audição todo o meu pé atrás quando soube do nome pomposo do disco tinha desaparecido.


British Sea Power – “Waving Flags”

13) These New Puritans – Beat Pyramid



2008 teve algumas poucas estréias melhores que Beat Pyramid, mas dificilmente uma tão promissora. Talvez meu entusiasmo seja por quão improvável é encontrar um bando de garotos que saibam beber tão bem dos primeiros discos do PiL. O fato é que os These New Puritans construíram um álbum que respira seu momento tanto quanto os trabalhos da virada dos ano 70/80 do PiL e The Fall que eles visivelmente veneram e encontraram no caminho algumas das mais ricas soluções sonoras do ano. Só espero não ficar muito embaraçado daqui a 5 anos de ter colocado este disco “só” em 13º.


These New Puritans – “Elvis”

12) Cut Copy – In Ghost Colours



O melhor disco de musica eletrônica do ano. E nenhum outro conta com algo tão grudento como Hearts on Fire.


“Cut Copy – Hearts on Fire”

11) Los Campesinos! – Hold On Now Youngster



O mais prazeroso disco de 2008? Talvez. A verdade é que impossível não se contagiar pela energia dos Campesinos. Os caras quase tiveram dois discos no top 30.


Los Campesinos! – “This is How You Spell ‘Ha Ha Ha We Destroy the Hopes and Dreams of a Generation of Faux Romantics’”

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