
Era inevitável que qualquer disco que Of Montreal gravasse após Hissing Fauna, Are You the Destroyer? sofresse com as comparações. Skeletan Lumping não dispõe de uma paleta emocional tão ampla e marcante quanto o disco anterior, mas ao mesmo me parece ser outro grande acerto de Kevin Barnes com a maior parte das suas muitas apostas funcionando muito bem.
Of Montreal – “Id Engager”
19) The Bug – London Zoo

Os pesadelos de Kevin Martin.
The Bug – “Poison Dart”
18) The Mighty Underdogs – Droppin’ Science Fiction

O encontro entre Gift of Gab e Lateef poderia assustar já que se tratam de dois rappers com personalidades muito distantes mas sobre a supervisão do produtor Headnodic eles encontraram um tipo raro de química e lançaram um dos mais expansivos discos de hip hop de 2008. Mas a grande estrela é mesmo a produção primorosa de Headnodic sempre muito criativa (isto num disco que até conta com participação do DJ Shadow numa das faixas).
The Mighty Underdogs – “Science Fiction”
17) Glasvegas – Glasvegas

Não, não se trata do melhor disco que a Creation lançou desde Psychocandy como Alan McGee quer desesperadamente nos convencer. Por baixo de toda a gigantesca produção, o que torna esta estréia da banda escocesa forte o suficiente para ao menos permitir a hipérbole do patrão é o olhar apurado do vocalista e principal compositor James Allan que garante o disco um frescor incomum numa estréia tão hypada.
Glasvegas – “Geraldine”
16) The Fall – Imperial Wax Solvent

Outro grande momento desta instituição chamada Mark E. Smith. A faixa principal do disco “50 Year Old Man” é das mais diretas já compostas por ele e ao longo dos seus doze minutos se revela um primor de invenção (a versão abaixo é mais curta e simples) e o resto do disco não fica muito abaixo.
The Fall – “50 Year Old Man”
15) Jamie Lidell – Jim

Jamie Lidell resolve brincar de ser um grande cantor de soul.
Jamie Lidell – “A Little Bit of Feel Good”
14) British Sea Power – Do You Like Rock Music?

British Sea Power chega ao ser terceiro e melhor disco mais acessível, sem deixar de lado algumas das experimentação que marcaram seu excelente disco de estréia e com composições mais equilibradas do que o anterior Open Season. “Light Out for Darker Skies” é rock de guitarras inglês no que ele tem de melhor, “No Lúcifer” seria uma das melhores faixas de um disco do Blur, “Canvey Island” é uma das melhors amostras do lado mais excêntrico da banda e o hino “Waving Flags” devia constar em todas as listas de melhores do ano. Na metade da primeira audição todo o meu pé atrás quando soube do nome pomposo do disco tinha desaparecido.
British Sea Power – “Waving Flags”
13) These New Puritans – Beat Pyramid

2008 teve algumas poucas estréias melhores que Beat Pyramid, mas dificilmente uma tão promissora. Talvez meu entusiasmo seja por quão improvável é encontrar um bando de garotos que saibam beber tão bem dos primeiros discos do PiL. O fato é que os These New Puritans construíram um álbum que respira seu momento tanto quanto os trabalhos da virada dos ano 70/80 do PiL e The Fall que eles visivelmente veneram e encontraram no caminho algumas das mais ricas soluções sonoras do ano. Só espero não ficar muito embaraçado daqui a 5 anos de ter colocado este disco “só” em 13º.
These New Puritans – “Elvis”
12) Cut Copy – In Ghost Colours

O melhor disco de musica eletrônica do ano. E nenhum outro conta com algo tão grudento como Hearts on Fire.
“Cut Copy – Hearts on Fire”
11) Los Campesinos! – Hold On Now Youngster

O mais prazeroso disco de 2008? Talvez. A verdade é que impossível não se contagiar pela energia dos Campesinos. Os caras quase tiveram dois discos no top 30.
Los Campesinos! – “This is How You Spell ‘Ha Ha Ha We Destroy the Hopes and Dreams of a Generation of Faux Romantics’”
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